Uma jovem inglesa quase perdeu o polegar devido ao hábito de roer unhas. Ela teve um câncer causado pela mania, conhecida como onicofagia e que é muito associada a quadros de ansiedade e estresse. Courtney Whithorn, de 20 anos, vive na Austrália. Ela começou a roer as unhas quando estava no Ensino Médio, possivelmente como resultado do estresse causado pelo bullying que sofria na escola. O vício foi tão intenso que ela chegou a arrancar por inteiro a unha de um de seus polegares em 2014. O trauma na região foi seguido de um escurecimento do dedo:"Eu mantinha o polegar escondido com o punho fechado, porque não queria que ninguém visse, nem mesmo os meus pais. Até que resolvi mostrar neste ano", explica.Em junho de 2018, Courtney recebeu um duro e inusitado diagnóstico: ela era portadora de um tipo de câncer no polegar, causado pelo hábito de roer unhas, ainda desconhecido de maneira mais profunda pelo médicos. Depois de quatro cirurgias e uma biópsia, os especialistas chegaram à conclusão de que se tratava de um melanoma. Ela acabou amputando parte do polegar direito para evitar que a doença se espalhasse.A jovem vai precisar reaprender a escrever e teve que trancar sua matrícula na universidade para poder cuidar da saúde. "Quando descobri que roer unhas era a causa do meu câncer, eu fiquei despedaçada", resume.Estima-se que Courtney Whithorn faça parte dos 30% da população mundial (ou seja, 2,5 bilhões de pessoas) que tem mania de roer as unhas dos pés ou das mãos. Este mal hábito atinge todas as faixas etárias e gêneros. Roer unhas pode causar diversos males à saúde, como diversos tipos de infecções por bactérias, problemas nos dentes e lesões no estômago e no intestino. A compulsão pode ser evitada com o uso de produtos específicos, de gosto amargo, que buscam inibir o hábito.